segunda-feira, 11 de junho de 2012

Fabiana Murer salta 4,77 m em Nova York e assume liderança mundial da prova


São Paulo - Fabiana Murer assumiu a liderança do Ranking Mundial do salto com vara na temporada, ao vencer a prova no Meeting de Nova York, etapa da Diamond League 2012, com 4,77 m. A liderança anterior pertencia à australiana Alana Boyd, que tinha saltado 4,76 m este ano. Na competição deste sábado 9, Fabiana venceu a cubana Yarisley Silva pela primeira vez, desde o Mundial de Daegu 2011. Nesta cidade coreana, a brasileira ganhou a medalha de ouro e Yarisley ficou em 5º lugar.


No PAN, em Guadalajara, a cubana foi a campeã e Fabiana levou a medalha de prata. Este ano, elas haviam se enfrentado nos GPs de São Paulo e Rio de Janeiro e Yarisley venceu as duas vezes. Desta vez, Yarisley ficou em 2º lugar, com 4,70 m. A grega Nikolia Kiriakopoulou foi a 3ª, com 4,60 m. A brasileira ainda tentou superar a barra a 4,86 m, para superar seu recorde sul-americano de 4,85 m, mas não conseguiu.



Em sua passagem pelos Estados Unidos, Fabiana ganhou também a prova no Meeting de Eugene, na semana passada, com 4,63 m, deixando na 2ª posição a russa Svetlana Feofonova, vice-campeã em Daegu.



De Nova York, Fabiana vai para a Itália, treinar em Fórmia com o ucraniano Vitaly Petrov - ex-treinador dos recordistas mundiais Sergey Bubka e Elena Isinbayeva -, contratado pela CBAt como consultor na prova.



Outros dois brasileiros competiram em Nova York. No salto triplo feminino, Keila costa foi a 4ª colocada, com 14,24 m. A ganhadora foi Olga Rypakova, do Casaquistão, com 14,71 m. E nos 800 m masculino, Diomar Noêmio de Souza foi o 7º, com 1:47.13. O recordista mundial David Rudisha, do Quênia, venceu com 1:41.74, melhor marca mundial de 2012 na distância.

Kleberson e Guilherme obtêm índices para a Olimpíada


São Paulo - Dois atletas obtiveram o índice olímpico exigido pela Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) no Torneio FPA Adulto, disputado neste sábado 2, no Estádio Ícaro de Castro Melo, no Conjunto Desportivo do Ibirapuera, em São Paulo. 

Kleberson Davide, dono de duas medalhas de prata em Jogos Pan-Americanos, venceu a prova dos 800 m com 1:45.32, superando o índice estipulado. Já Guilherme Cobbo atingiu 2,28 m no salto em altura. 

A data limite para a obtenção do índice é dia 1º de julho, juntamente com o encerramento do Troféu Brasil/Caixa de Atletismo, que será disputado em São Paulo.

Kleberson Davide, do Pinheiros/Asics, esquentou a disputa pela vaga olímpica nos 800m rasos. Além dele, Diomar Noêmio, Diego Gomes e Fabiano Peçanha também conseguiram chegar ao tempo exigido.

Brasileiro Caio Bonfim é top 10 na marcha em etapa do Circuito Mundial


São Paulo - O brasileiro Caio Bonfim conseguiu mais uma boa classificação em um evento internacional de marcha. Desta vez foi em La Coruña, na Espanha, neste sábado 9, na etapa do Circuito Mundial da IAAF. Caio foi o 10º nos 20 km, com 1:23:29. 

O Campeão da prova foi o chinês Li Jianbo, com 1:20:55. Miguel Ángel Lopez, da Espanha, foi o 2º, com 1:20:59, e outro chinês, Yu Wei foi o 3º, com 1:21:04. A China também ficou com o 1º lugar no feminino, com Liu Hong, que fez 1:27:32.

Paralimpíada será a maior da história e tem 10% mais atletas que 2008


A 100 dias das Paraolimpíadas de Londres 2012, o Comitê Paraolímpico Internacional (IPC) anunciou que a competição será a maior já realizada, com 165 países, 19 a mais que a última edição em Pequim 2008. 

O número de atletas também cresceu em quase 10%. Serão aproximadamente 4.200 competidores. Depois de ter saltado do 14º lugar no quadro de medalhas em Atenas 2004 e nono em Pequim 2008, a meta do Brasil é alcançar o sétimo neste ano, entre os dias 29 de agosto e 9 de setembro.

“Os Jogos Paraolímpicos voltam para casa. Levaremos a Londres a equipe mais bem preparada que já tivemos”, afirmou o presidente do Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB), Andrew Parsons.
Para a cobertura da maior Paraolimpíada já realizada, o CPB preparou uma operação de comunicação e marketing especial. Já na fase de aclimatação, entre os dias 13 e 25 de agosto, em Manchester, Grã-Bretanha, uma equipe acompanhará a preparação de 15 modalidades (Atletismo, Basquete em Cadeira de Rodas, Esgrima em Cadeira de Rodas, Futebol de 7, Halterofilismo, Judô, Natação, Tênis de Mesa, Vôlei Sentado, Bocha, Ciclismo, Futebol de 5, Goalball, Remo e Tênis em Cadeira de Rodas), abastecendo a imprensa brasileira e redes sociais de notícias e imagens.
Em visitas prévias às instalações dos Jogos, o CPB fechou uma sala de imprensa exclusiva para o Brasil, com 200m² e internet com altíssima velocidade, no MPC (Main Press Centre). Com equipe formada por 25 profissionais que trabalharão exclusivamente na geração de conteúdo e imagens para o Brasil, a Operação conta ainda com carros, hotel, hotsite do Brasil nos Jogos e de fotos, grande trabalho nas redes sociais, resultados em tempo real, vídeos diários, um trabalho nunca feito em outras edições.
“Não é apenas nas quadras, campos, pistas e piscinas que somos líderes. O Brasil também é líder em sua estratégia de operação de comunicação e marketing. Nenhum outro Comitê Paraolímpico do planeta investe tanto na área como o Brasil. Tanto que somos referência mundial para palestras, cursos e consultorias para outros Comitês”, destacou o gerente de Comunicação e Marketing do Comitê Paraolímpico Brasileiro, Frederico Motta.
Em Pequim, foram quebrados 279 recordes mundiais, mais de 3,8 bilhões de pessoas acompanharam as provas pela TV e mais de 3,44 milhões de expectadores lotaram as arenas de competição. A expectativa é que os números sejam ainda maiores em Londres.
O Comitê Organizador dos Jogos divulgou recentemente o recorde na venda de Direitos de Transmissão. Foi gerada uma receita de mais de 10 milhões de libras, valor maior do que qualquer edição anterior da competição. Com isso, os Jogos de Londres terão a maior cobertura das Paraolimpíadas do planeta. A expectativa é de que a audiência ultrapasse 4 bilhões de espectadores.
Para o presidente do IPC, Sir Philip Craven, o aumento de delegações e atletas são a prova de que o Movimento Paraolímpico tem crescido no mundo inteiro.
"Os Jogos Paraolímpicos continuam a crescer em tamanho e estrutura em cada região. A Grã-Bretanha, berço espiritual do Movimento Paraolímpico, receberá a maior edição dos Jogos neste ano. É difícil acreditar que a competição precursora para os Jogos Paraolímpicos ocorreu há apenas 64 anos, no Hospital Stoke Mandeville, com 16 veteranos de guerra feridos, e hoje teremos cerca de 4.200 atletas de elite em Londres”, comemorou.
Em 12 anos, desde a primeira edição dos Jogos, a competição contou com 400 atletas de 23 países em oito modalidades, em Roma, Itália. A partir de 1960, as Paraolimpíadas passaram a acontecer a cada quatro anos, com crescimento do número de participantes e aumento do nível técnico. Desde Seul 1988 os Jogos Paraolímpicos começaram a ser realizados nas mesmas cidades e locais das Olimpíadas, uma tendência que continuará pelo menos até 2020.
Além do recorde no número de atletas e países participantes, já foram vendidos mais de um milhão de bilhetes, número sem precedentes para muitos meses antes da competição. As vendas serão reabertas nesta segunda-feira.
Estreantes
Dezesseis países irão estrear nos Jogos de Londres: Antígua e Barbuda, Brunei, Camarões, Comores, Djibuti, República Democrática do Congo, Gâmbia, Guiné-Bissau, Libéria, Malawi, Moçambique, Coréia do Norte, San Marino, Ilhas Salomão, Trinidad e Tobago e Ilhas Virgens dos Estados Unidos.

Colesterol tem influência na evolução do Alzheimer, diz pesquisa


Cientistas encontram ligação entre proteína da doença e o colesterol. Evidência abre caminho para novos tratamentos contra o Alzheimer.
Uma equipe de pesquisadores americanos descobriu que o colesterol tem papel importante na produção de uma proteína que destrói neurônios e é considerada a principal causa da doença de Alzheimer. A descoberta foi publicada nessa semana na revista “Science”.

O Alzheimer é uma das formas mais comuns de demência, que leva a alterações progressivas da memória, de julgamento e raciocínio intelectual, e costuma acometer pessoas idosas.

A equipe de pesquisadores, comandada por Charles Sanders, do Centro de Biologia Estrutural, revelou a estrutura tridimensional de uma proteína que dá origem a outra chamada beta-amiloide, encontrada em exames feitos no cérebro de vítimas da doença.
Ao mapearem sua estrutura, por meio de uma ressonância magnética com dimensão microscópica, eles perceberam que o colesterol se ligava a uma parte dela.
“Há muito tempo que se pensa que, de alguma forma, o colesterol promove a doença de Alzheimer, mas os mecanismos não eram claros”, disse Sanders.
Pesquisas anteriores já haviam sugerido que o colesterol alto aumenta o risco de Alzheimer e tal evidência foi levada em conta pelos cientistas.
Segundo Sanders, a análise microscópica da molécula, que mostrou ambas coladas uma na outra, pode responder a questão e ter um papel decisivo na evolução do tratamento da doença.
globo.com

Conheça as modalidades que estão na fila para virar Esporte Olímpico


Para chegar lá, as respectivas federações internacionais devem ser signatárias da Agência Mundial Antidoping e preencher 33 requisitos que comprovem tradição e popularidade. 

A briga por um lugar no pódio se inicia muito antes de os Jogos começarem. Muito mesmo: com as listas para 2012 e 2016 já definidas, há 8 candidatos para uma única vaga nas longínquas Olimpíadas de 2020, ainda sem sede. A decisão sai em 7 de setembro de 2013 — data em que também será anunciada a cidade-sede entre as candidatas Baku, Doha, Istambul, Madri e Tóquio. 

Ratificados em 2004 pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), os critérios serão atualizados em breve, mas, até o fechamento desta edição, os esportes-candidatos deveriam ser praticados em pelo menos 75 países em 4 continentes, no caso de modalidades masculinas, e em 40 países em 3 continentes no caso das femininas. 

Como a lista atual chegou ao limite de 28 esportes, para que um entre, outro tem de sair. Há algumas mutretas no regulamento: sob o guarda-sol dos esportes aquáticos, por exemplo, que ocupam uma vaga, há provas de natação, mergulho e polo. 

DE OLHO NAS MEDALHAS | Na rua, na água, na quadra, na pista de cimento.

1.BEISEBOL 
COMO FUNCIONA: Uma bola para arremessar, um taco para rebater e 4 bases para percorrer enquanto a bola está no ar. Com 9 atletas, as equipes se revezam entre ataque (rebatedor) e defesa (arremessador). Quem ataca marca ponto ao completar uma volta nas 4 bases. São 9 rodadas (innings), compostas de um ataque e uma defesa por equipe. 
DURAÇÃO: 2 horas e 40 minutos em média por jogo. 
JÁ PARTICIPOU? Sim, de 1992 a 2008, só no masculino. Está fora em 2012 e 2016. 

2.SOFTBOL 
COMO FUNCIONA: Tem a mesma lógica do beisebol, com quase tudo em menor escala — exceto a bola, um pouco maior, mas mais leve. O campo é menor, são 7 rodadas, e a equipe se mantém em 9 jogadores. O arremesso é feito por baixo, e não por cima do ombro. No Brasil, é praticado oficialmente por mulheres. 
DURAÇÃO: 1h e 30 minutos em média por partida. 
JÁ PARTICIPOU? Sim, de 1996 a 2008. É o único praticado só por mulheres nos Jogos. Está de fora em 2012 e 2016. 

3.SQUASH 
COMO FUNCIONA: Com raquetes e uma bolinha de borracha maciça, é jogado em quadra de 62 metros quadrados com os adversários lado a lado. Os atletas podem usar as 4 paredes para manter a bola em jogo, tocando obrigatoriamente uma vez na parede e no máximo uma vez no chão. 
DURAÇÃO: Uma partida profissional pode durar até duas horas. 
JÁ PARTICIPOU? Não, mas já disputou vaga para os jogos de 2012 e 2016. 

4.CARATÊ 
COMO FUNCIONA: São permitidos golpes com as mãos (protegidas por luvas), pernas e pés. O carateca pontua atingindo o abdômen, peito e até o rosto. Não vale chute abaixo do quadril, e os golpes não visam ao nocaute – embora aconteça. Ganha quem fizer mais pontos ou o primeiro a conquistar 8 à frente do adversário. 
DURAÇÃO: A luta dura 3 minutos, e o cronômetro para a cada ponto ou falta. 
JÁ PARTICIPOU? Não. Disputou vaga para 2016 e foi um dos mais votados. 

5.ROLLER SPORTS 
COMO FUNCIONA: Dentre as modalidades sobre rodinhas (como patins e skate), a com mais chance é a patinação de velocidade. As provas são parecidas com as de atletismo, sendo a mais curta de 300 metros. A pista pode ser de cimento ou asfalto (na rua) ou de madeira (indoor). Se entrar, pode abrir caminho para hóquei inline e patinação artística. 
DURAÇÃO: Variada. 
JÁ PARTICIPOU? Não (não confunda com os já olímpicos patinação no gelo e hóquei na grama e no gelo). 

6.ESCALADA 
COMO FUNCIONA: Na modalidade de dificuldade com corda, os escaladores cumprem a prova um de cada vez, para chegar ao topo de paredes com 30 metros por vias preestabelecidas. Na de velocidade, os atletas competem lado a lado em vias iguais. A terceira, boulder, é feita em blocos de 6 a 8 metros. Sem cordas, colchões amortecem quedas. 
DURAÇÃO: As provas de dificuldade com corda levam, em média, 4 minutos. As de boulder, 2 minutos. 
JÁ PARTICIPOU? Não. 

7. WUSHU (KUNG FU) 
COMO FUNCIONA: Tem kung fu para ver e para lutar. No taolu, os atletas executam movimentos preestabelecidos, com chutes e saltos. Há posturas básicas, como o cavalo e o arqueiro. Na luta, a sanda, os atletas usam protetores na cabeça, tórax e genitais e luvas. Valem chutes da panturrilha à cabeça. 
DURAÇÃO: Uma luta tem 3 rounds de 2 minutos. A cada queda, para o cronômetro. 
JÁ PARTICIPOU? Não, mas houve um torneio paralelo aos Jogos de 2008, na China. 

8. WAKEBOARD 
COMO FUNCIONA: Com botas presas a uma prancha, os atletas precisam impressionar os juízes com manobras aéreas. O julgamento é subjetivo, mas contam aspectos como altura dos saltos e variedade de execuções. A prancha usa a marola provocada pela lancha que a puxa para realizar as manobras. No cable park, mais moderno, o atleta é puxado por um cabo, e há rampas fixas na água. 
DURAÇÃO: A apresentação tem, em média, dois minutos. 
JÁ PARTICIPOU? Não.


QUEM JÁ ESTÁ LÁ | Beisebol e softbol saem em 2012, golfe e rúgbi entram em 2016.

RÚGBI 7
O rúgbi com 7 jogadores estreia nos Jogos. Com times de 15, o esporte esteve em 1900, 1908, 1920 e 1924. Uma espécie de “futebol com as mãos”, no rúgbi o objetivo é levar a bola para além da linha de gol do adversário. 

GOLFE 
O objetivo é avançar, com o menor número de tacadas, uma pequena e dura bola, passando por 18 buracos, chamados de seções. Será sua terceira participação — antes, foi em 1900 e 1904.

Creatina: vá com calma!

A creatina divide opiniões até mesmo entre os especialistas. Conheça os contras e os benefícios desse suplemento que promete aumentar os músculos e torná-los mais resistentes.

Se você ousar fazer uma enquete entre o público de academias sobre um composto chamado creatina, arranjará polêmica na certa. Muita gente defende que a substância, ingerida na forma de suplemento, dá mais pilha para os músculos e aumenta o muque. Os entusiastas lembram que seu uso não é considerado dopping e que craques como Zidane, da seleção francesa de futebol, já recorreram a essa espécie de, digamos, combustível. Seus detratores, porém, garantem que ela pode causar danos ao organismo.

Quem tem razão? Os especialistas ainda não têm uma resposta na ponta da língua, mas já sabem um bocado a respeito. É inegável que a suplementação de creatina torna a musculatura mais resistente. "Há evidências experimentais de que ela possibilita um melhor desempenho em atividades de força e também em esportes que necessitam de explosão muscular", confirma Sérgio Andrade Perez, professor do Laboratório de Fisiologia do Exercício da Universidade Federal de São Carlos, no interior paulista.

Por isso ela é tão popular, especialmente entre corredores, ciclistas e nadadores. Alguns médicos, no entanto, vêem os resultados com cautela. "Faltam estudos e os que existem não têm muito peso científico", opina Renata Castro, diretora científica da Sociedade de Medicina do Esporte do Rio de Janeiro (Somerj). Um dos temores é de que o tal composto comprometa o funcionamento dos rins.

Para tirar essa história a limpo, cientistas da Escola de Educação Física e Esporte da USP avaliaram praticantes de esportes que ingeriam 10 gramas de creatina em pó por dia. "Nenhum deles apresentou comprometimento da função renal", tranqüiliza o pesquisador Bruno Gualano. E veja bem: isso apesar de os voluntários terem ultrapassado de longe o limite recomendável de 3 gramas do suplemento — dosagem que, segundo boa parte dos especialistas, não oferece nenhum perigo, desde que ingerida por um período máximo de três meses.

O que explicaria, então, os rins sãos e salvos do grupo estudado pelos cientistas da USP? Eles próprios arriscam duas hipóteses: o curto tempo de ingestão e a qualidade da creatina utilizada na pesquisa. Exceção feita às farmácias de manipulação, a venda desse tipo de suplemento está proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, desde 1998. A justificativa é de que a substância não é um suplemento alimentar. Por isso — recomenda o órgão —, como um remédio, só o médico deve receitá-la.

Muita gente costuma driblar a proibição recorrendo a produtos importados ou ao mercado informal — o que, lógico, é arriscado. Nunca se garante se a creatina encontrada por aí não vem misturada com outras substâncias, sabe-se lá quais. E o leigo, claro, não consegue separar o joio do trigo quando os componentes da fórmula aparecem no rótulo. A nutricionista Nailza Maestá enfatiza a importância de procurar a orientação de um bom profissional e jamais ingerir o suplemento por conta própria.

"Não se pode fazer a prescrição com base apenas nas informações da embalagem", adverte Nailza. "O consumo indiscriminado não apenas prejudica a saúde como pode piorar o rendimento físico", avisa ainda Daniela Telo. Sem contar que os efeitos são temporários. Quer dizer, temporários em termos de ganho muscular. Já as conseqüências para os rins, essas podem até ser irreversíveis, fique bem entendido.