domingo, 15 de janeiro de 2012

Consumo de proteínas deve ser avaliado ao lado do IMC e do peso

Baixo consumo protéico na dieta altamente calórica reduz volume de massa magra geral do corpo – mesmo que a gordura esteja aumentando

Quando se trata de emagrecer, a quantidade de proteínas consumida pode ser quase tão importante quanto a quantidade de calorias. Um estudo publicado no Journal of The American Medical Association (JAMA), nesta quarta-feira, fez o teste com pessoas que ingerem mais calorias do que queimam, ou seja, estão engordando. Todos na pesquisa aumentaram de peso, mas quem ingeriu poucas proteínas (presentes em alimentos como carne, ovos e alguns legumes, como o feijão), teve um problema a mais: ganhou gordura corporal e perdeu massa muscular. A pesquisa serve de alerta para os médicos que tratam pacientes com sobrepeso ou obesos: não adianta medir apenas o peso e o IMC (Índice de Massa Corporal) é preciso levar em contas outros fatores, como a gordura total (verificável por meio de exames de sangue).

Ao fim da pesquisa, todos os voluntários ganharam peso, sem diferença entre homens e mulheres. Os participantes na dieta com baixa proteína foram os que engordaram menos – uma média de 3,16 kg, frente a 6,05 kg do grupo que consumiu quantidade normal de proteína e 6,51 kg no grupo de alto consumo proteico. Por que isso aconteceu? Quem ingere mais proteína aumenta principalmente a massa corporal magra (músculo), que pesa mais que a gordura.

A gordura corporal aumentou nos três grupos, representando entre 50% e mais de 90% do total de calorias estocadas. O grupo que teve baixo consumo proteico perdeu 0,70 kg de massa magra, em média, enquanto o de consumo normal ganhou 2,87 kg e o de alto consumo protéico ganhou 3,198 kg de massa magra.

"Em resumo, o ganho de peso na dieta de baixa proteína foi menor do que nas demais, com a mesma quantia de calorias. As calorias sozinhas contribuíram para o aumento da gordura corporal. Por outro lado, as proteínas contribuíram para mudanças no gasto energético e na massa magra, mas não no aumento da gordura corporal."

Segundo os pesquisadores, a principal descoberta do estudo é que, quando se olha para o que contribui no aumento da gordura corporal em dietas altamente calóricas, as calorias aparentam ser mais importantes do que as proteínas. Os resultados sugerem ainda que uma alimentação com baixas proteínas pode levar a um menor ganho de peso, mas aumenta a gordura corporal e reduz a massa magra, o que é prejudicial à saúde.

A Pesquisa


Título original: Effect of Dietary Protein Content on Weight Gain, Energy Expenditure, and Body Composition During Overeating

Onde foi divulgada: periódico médico Journal of The American Medical Association (JAMA)

Quem fez: George A. Bray e equipe

Instituição: Centro de Pesquisa Biomédica Pennington, nos Estados Unidos

Dados de amostragem: 25 voluntários, homens e mulheres saudáveis, com idade entre 18 e 35 anos e IMC de 19 a 30

Resultado: O consumo da mesma quantidade em excesso de calorias, com percentuais diferentes de proteínas, leva a resultados diferentes. Quem come pouca proteína ganha menos peso, a princípio, mas perde massa muscular, prejudicial à saúde e à manutenção do peso.

Para a pesquisa, foram recrutados 25 voluntários, homens e mulheres saudáveis, com idade entre 18 e 35 anos e IMC de 19 a 30 (normal a quase obesos). No início, eles ingeriram uma 'dieta estabilizadora' por 13 a 25 dias. Em seguida, foram realocados aleatoriamente para três dietas distintas: com baixa proteína (5% da energia vinha de proteínas), consumo normal de proteínas (15% da energia) e altamente proteica (25% da energia). 

Referência em pole dance, brasileira diferencia esporte de striptease


Pole dance 'muda' par ser aceita como esporte. Atletas passaram a se dividir entre apresentações acrobáticas, artísticas e até nas ruas.


 Campeã sul-americana e brasileira de pole dance em 2009, Rafaela Montanaro é ressabiada ao conceder uma entrevista. "Só para ter certeza: estamos falando de pole dance como esporte, certo? E não de striptease...", a atleta escreve, em um e-mail, antes de atender seu telefone e demonstrar disposição para atacar os preconceitos em relação a sua modalidade esportiva.

A preocupação de Rafaela não é sem motivo. Prática comum em casas de entretenimento adulto, o pole dance sensual também ganhou fama em filmes como "Striptease", protagonizado por Demi Moore, e em novelas brasileiras. Entre 2007 e 2008, a atriz Flávia Alessandra interpretou em "Duas Caras" uma personagem que vestia tapa-sexo de couro enquanto dançava ao redor de uma barra vertical.

Na última década, contudo, o pole dance se desenvolveu como esporte - as atletas passaram a se dividir entre apresentações acrobáticas, artísticas e até nas ruas, penduradas em postes, no caso do chamado "street pole dance". Diversas federações promovem campeonatos sérios pelo mundo. Para competir, Rafaela Montanaro treina cinco horas por dia, cinco vezes por semana, e exibe um corpo musculoso.

"O pessoal fala muito que o pole dance pode se tornar um esporte olímpico. Para mim, não precisava estar nas Olimpíadas, desde que fosse respeitado. O surfe não faz parte dos Jogos, e ninguém chama uma surfista de stripper só porque ela pega onda de biquíni", comparou a pole dancer, que ainda é vítima da confusão do público. Ela já recebeu até um convite virtual para dançar em uma despedida de solteiro - recusado de imediato.

A própria família de Rafaela mostrou resistência quando ela iniciou carreira como pole dancer. Sobrinha do ex-jogador de vôlei José Montanaro Júnior, medalhista de prata nas Olimpíadas de Los Angeles-1984, a atleta é filha de dois professores de Educação Física e já se dedicava a atividades esportivas muito antes de enfrentar a aversão deles à nova profissão. "Comecei na ginástica olímpica aos três anos. Também fiz balé, jazz, kung fu, salto com vara... Acho que é só", recordou, aos risos.




Aos 17 anos, Rafaela foi aprovada em uma série de testes e em "uma prova pior do que a da USP" para poder estudar circo na Écola Nationale des Arts du Cirque, em Rosny-sous-Bois, na França. Após vivenciar a experiência de morar sozinha em outro país, retornou ao Brasil e ingressou na Faculdade de Educação Física. Um vídeo publicado na internet, com imagens da pole dancer australiana Felix Cane (bicampeã mundial), fez com que ela não seguisse a mesma atividade dos pais.

"Depois de assistir a esse vídeo, em 2008, decidi que queria fazer pole dance. O esporte ainda não era tão difundido no Brasil, então demorei a arrumar uma professora. Encontrei uma, a Sarita, por indicação de um amigo do meu namorado", lembrou Rafaela, que logo convenceu a mãe da seriedade de sua empreitada. "Ela ficou louca da vida, achando que era coisa de stripper. Mas o melhor jeito de acabar com o preconceito é mostrar do que se trata o pole dance. Levei a minha mãe para ver uma aula, e ela percebeu que não tinha nada de mais."

Rafaela Montanaro ganhou projeção como pole dancer rapidamente. Meses depois de começar a praticar, conquistou os campeonatos brasileiro e sul-americano. Também se destacou nas maiores competições mundiais, o Miss Pole Dance World e o International Pole Championship, com o prêmio "pole tricks" e o terceiro lugar geral no primeiro e o título da categoria "pole fitness" no segundo. "Por tudo isso, é até complicado para mim falar sobre o preconceito. Como apareci logo no esporte, devo ser a única pole dancer do mundo que não sofreu com isso."

Referência brasileira na modalidade, Rafaela passou a dar aulas particulares de pole dance e workshops até em outros países, como Austrália, Nova Zelândia e Estados Unidos. "Como as alunas veem os meus vídeos, elas já chegam querendo praticar o pole dance como um esporte. Ninguém aparece com a intenção de aprender alguma coisa diferente para mostrar ao namorado, por exemplo", garantiu a professora, que está inativa por conta de uma lesão, porém continua a cativar as suas clientes. "Elas começam a praticar pole dance e não param mais. Foi assim com todas as alunas. Lembro de uma menina que chegou bem gordinha, entrou em forma e já foi competir nas categorias amadoras", mencionou, orgulhosa.

A poucos dias de seu 27º aniversário, Rafaela Montanaro sabe que o próximo passo na carreira é se engajar um pouco mais na política do esporte. "Até que o pole dance está mais organizado no Brasil. O ruim é que metade do pessoal que diz querer ver a atividade como esporte nunca praticou um esporte na vida. Eles não têm noção de algumas coisas. Por isso, acho que não tenho tanta escolha: vou precisar me envolver. Só não gosto de brigar, e a galera briga bastante nesse meio. É muita mulher, muito ego", lamentou.

Rafaela Montanaro já foi jurada em alguns torneios de pole dance e é ferrenha defensora da implantação de um código de arbitragem para todas as competições. Dessa forma, a exemplo da ginástica artística, seriam estabelecidos critérios para que as atletas recebessem notas para as suas apresentações de acordo com movimentos obrigatórios, livres, mais difíceis ou menos. "Sem se esquecer de reservar uma parte da avaliação à expressão artística de cada uma, que é importante", acrescentou a atleta, satisfeita com a evolução de seu esporte. "Olimpíadas? Possível sempre é. Só não sabemos quando", sorriu.

Em meio aos Jogos Pan-americanos de Guadalajara, um empresário mexicano já abriu os olhos para o futuro do pole dance. Ele decidiu criar o seu próprio campeonato da modalidade. O local do evento, no entanto, certamente é reprovado por Rafaela e outras atletas: uma casa de entretenimento masculino.



Por Helder Júnior (Gazeta)

Pouca atividade física e muita televisão aumentam risco de depressão em mulheres

Estudo revelou que as mais sedentárias podem ter 20% mais chances de enfrentar quadros depressivos.


Mulheres que se exercitam mais e assistem menos televisão são aquelas com menor riscos de serem diagnosticadas com depressão. É isso que diz um estudo feito por pesquisadores da Escola de Saúde Pública de Harvard, nos Estados Unidos, e publicado no American Journal of Epidemiology.


A pesquisa aplicou um questionário a quase 50 mil mulheres, com perguntas sobre saúde e estilo de vida, as quais elas responderam a cada dois anos no período entre 1992 e 2006. No início do estudo, nenhuma dessas mulheres apresentava depressão. Após esses 14 anos, 6.500 voluntárias haviam sido diagnosticadas com o problema.

Resultados — O estudo observou que o fator mais impactante relacionado aos quadros depressivos foi a prática de atividade física. As mulheres que revelaram se exercitar durante 90 minutos ou mais por dia tinham 20% menos chances de desenvolver depressão do que aquelas que se exercitavam por 10 minutos ou menos diariamente.

"Atividade física praticada por mais tempo pode aumentar a autoestima, o senso de controle e os níveis de endorfina no sangue da mulher", explica Michel Lucas, coordenador do estudo.

Assistir televisão foi identificado como hábito relacionado à depressão. Segundo a pesquisa, as mulheres que passavam mais tempo em frente ao aparelho apresentaram 13% mais riscos de ter depressão do que aquelas que raramente ligavam a TV. Segundo Lucas, uma possível explicação para essas duas relações está no fato de que muitas mulheres substituem o tempo em que poderiam praticar alguma atividade física por ficar em frente à televisão.

Embora o estudo tenha colocado a depressão como consequência de não praticar atividade física, os pesquisadores também consideram a hipótese de que, em certos casos, a mulher possa ter experimentado alguns sintomas da depressão antes de ser diagnosticada formalmente com o problema. Assim, deixou de se exercitar após ser acometida pelo problema, e não antes.

Saúde e televisão

Vários estudos já apontaram para os prejuízos que o hábito de assistir muita TV pode causar. Conheça alguns:

Piora na alimentação - Um estudo feito na Universidade de Loughborough, do Reino Unido, concluiu que quanto mais tempo uma pessoa passa em frente à televisão, pior é a qualidade daquilo que come. Assistir TV está associado com o consumo de lanches, bebidas e fast foods com maior quantidade de calorias e baixa ingestão de frutas e legumes.

Menor aprendizagem - Segundo recomendações lançadas neste ano pela Academia Americana de Pediatria (APP), as crianças aprendem e desenvolvem mais o cérebro brincando do que assistindo TV. Um estudo feito pela Universidade de Montreal, no Canadá, indicou que, a cada hora que uma criança passa em frente à televisão, há uma declínio de 6% em seu desempenho matemático e 7% de sua participação em sala de aula.

Hipertensão - Uma pesquisa publicada no periódico Archives of Pediatrics & Adolescent relacionou tempo demais em frente à televisão e ao computador com o aumento da pressão sanguínea das crianças. Problemas psicológicos — Hiperatividade, dificuldades nos relacionamentos sociais e problemas emocionais foram alguns dos problemas observados por estudo publicado no periódico Pediatrics em crianças que passavam duas ou mais horas em frente à TV ou ao computador ao dia.

Doença de coração: benefícios de longo prazo das estatinas

As estatinas trabalham no bloqueio de uma enzima do fígado que transforma moléculas gordurosas que entopem as paredes arteriais e aumentam o perigo de doenças do coração e infartos. Ou seja: São fármacos que previnem a aterosclerose e ajuda no tratamento do hipercolesterolemia.

As estatinas reduzem com segurança o risco de doenças cardiovasculares mesmo anos após o fim do tratamento, de acordo com uma pesquisa sobre um popular redutor de colesterol.

As estatinas trabalham no bloqueio de uma enzima do fígado que transforma moléculas gordurosas que entopem as paredes arteriais e aumentam o perigo de doenças do coração e infartos. 

Com as vendas anuais em todo o mundo de mais de 20 bilhões de dólares, esses medicamentos têm sido chamados de "a aspirina do século 21" por causa do benefício deles e do amplo uso. Mas questões sobre a segurança deles a longo prazo para o coração, o fígado e o risco de câncer persistiam. 

Pesquisadores do Grupo Colaborativo de Estudos sobre a Proteção do Coração em Oxford observaram 20.536 pacientes com risco de doenças cardiovasculares que receberam, ao acaso, 40mg diários de sinvastatinas ou um similar falso por mais de cinco anos. Durante este período, aqueles que tomaram as estatinas registraram uma redução no colesterol "ruim" LDL e uma queda de 23% em casos de doença cardiovascular comparados com o grupo do placebo. O monitoramento dos voluntários continuou por mais um período de seis anos depois de a experiência acabar. Os benefícios continuaram durante o período de monitoramento entre os voluntários que pararam de tomar as estatinas, descobriram os pesquisadores. Além disso, não houve dano algum para a saúde entre aqueles que tomaram ou que continuaram a tomar os medicamentos. Um grande número de cânceres (cerca de 3500) se desenvolveu neste período de acompanhamento, mas não houve diferença na incidência entre os grupos da estatina e do placebo. 

"A persistência dos benefícios que observamos entre os participantes que originalmente receberam sinvastatina, durante os seis anos seguintes ao período da experiência, é notável", disse um dos pesquisadores, Richard Bulbulia. 

"Além disso, a prova confiável de segurança, sem risco excessivo de câncer ou de outras grandes doenças, durante os 11 anos seguintes é muito tranquilizadora para os médicos que prescrevem estatinas e para um número cada vez maior de pacientes que as tomam por um longo período para reduzir o risco de doenças vasculares".

Uma pesquisa anterior, de novembro de 2010, descobriu que o uso prolongado de estatinas era menos arriscado do que se pensava para as pessoas com doenças hepáticas gordurosas não-alcoólicas (DHGNA), uma doença de fígado comum.

Corrida leve cansa menos do que caminhar

Pois bem, a corrida ajuda o músculo a produzir mais energia, que pode levar ao aumento do nível de estamina (resistência).

Quando não temos o hábito de praticar alguma atividade física, pensamos em começar por onde? Caminhando!!

Pois bem, essa atividade é algo relativamente tranquilo, a pessoa pode começar a andar rápido, para ver se queima mais calorias. Mas um estudo recente mostrou que na verdade fazer um cooper (corrida) leve é menos cansativo - e melhor para os músculos - do que andar depressa. Os dados são do site Daily Mail.


O motivo principal é que existe um músculo da panturrilha que funciona melhor quando se corre a 2 metros por segundo do que ao andar de forma mais brusca. Esse movimento ajudaria o músculo a produzir mais energia, o que aumentaria o nível de estamina. 

Os pesquisadores americanos estudaram pessoas em esteiras enquanto andavam ou corriam. Eles concluíram que esse músculo funciona como um câmbio de carro, ajudando o corpo a mudar de "marcha". Ele "segura" o tendão de Aquiles, fazendo com que o corpo gaste energia para esticá-lo. O tendão, por sua vez, libera energia para ajudar no movimento do pé. 

O que foi observado é que a ação de andar faz o tendão trabalhar mais, mas libera menos energia. A corrida leve alivia o trabalho do tendão, que se estica e contrai mais lentamente, mas libera mais energia.


Fonte: Daily Mail.