segunda-feira, 11 de junho de 2012

Fabiana Murer salta 4,77 m em Nova York e assume liderança mundial da prova


São Paulo - Fabiana Murer assumiu a liderança do Ranking Mundial do salto com vara na temporada, ao vencer a prova no Meeting de Nova York, etapa da Diamond League 2012, com 4,77 m. A liderança anterior pertencia à australiana Alana Boyd, que tinha saltado 4,76 m este ano. Na competição deste sábado 9, Fabiana venceu a cubana Yarisley Silva pela primeira vez, desde o Mundial de Daegu 2011. Nesta cidade coreana, a brasileira ganhou a medalha de ouro e Yarisley ficou em 5º lugar.


No PAN, em Guadalajara, a cubana foi a campeã e Fabiana levou a medalha de prata. Este ano, elas haviam se enfrentado nos GPs de São Paulo e Rio de Janeiro e Yarisley venceu as duas vezes. Desta vez, Yarisley ficou em 2º lugar, com 4,70 m. A grega Nikolia Kiriakopoulou foi a 3ª, com 4,60 m. A brasileira ainda tentou superar a barra a 4,86 m, para superar seu recorde sul-americano de 4,85 m, mas não conseguiu.



Em sua passagem pelos Estados Unidos, Fabiana ganhou também a prova no Meeting de Eugene, na semana passada, com 4,63 m, deixando na 2ª posição a russa Svetlana Feofonova, vice-campeã em Daegu.



De Nova York, Fabiana vai para a Itália, treinar em Fórmia com o ucraniano Vitaly Petrov - ex-treinador dos recordistas mundiais Sergey Bubka e Elena Isinbayeva -, contratado pela CBAt como consultor na prova.



Outros dois brasileiros competiram em Nova York. No salto triplo feminino, Keila costa foi a 4ª colocada, com 14,24 m. A ganhadora foi Olga Rypakova, do Casaquistão, com 14,71 m. E nos 800 m masculino, Diomar Noêmio de Souza foi o 7º, com 1:47.13. O recordista mundial David Rudisha, do Quênia, venceu com 1:41.74, melhor marca mundial de 2012 na distância.

Kleberson e Guilherme obtêm índices para a Olimpíada


São Paulo - Dois atletas obtiveram o índice olímpico exigido pela Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) no Torneio FPA Adulto, disputado neste sábado 2, no Estádio Ícaro de Castro Melo, no Conjunto Desportivo do Ibirapuera, em São Paulo. 

Kleberson Davide, dono de duas medalhas de prata em Jogos Pan-Americanos, venceu a prova dos 800 m com 1:45.32, superando o índice estipulado. Já Guilherme Cobbo atingiu 2,28 m no salto em altura. 

A data limite para a obtenção do índice é dia 1º de julho, juntamente com o encerramento do Troféu Brasil/Caixa de Atletismo, que será disputado em São Paulo.

Kleberson Davide, do Pinheiros/Asics, esquentou a disputa pela vaga olímpica nos 800m rasos. Além dele, Diomar Noêmio, Diego Gomes e Fabiano Peçanha também conseguiram chegar ao tempo exigido.

Brasileiro Caio Bonfim é top 10 na marcha em etapa do Circuito Mundial


São Paulo - O brasileiro Caio Bonfim conseguiu mais uma boa classificação em um evento internacional de marcha. Desta vez foi em La Coruña, na Espanha, neste sábado 9, na etapa do Circuito Mundial da IAAF. Caio foi o 10º nos 20 km, com 1:23:29. 

O Campeão da prova foi o chinês Li Jianbo, com 1:20:55. Miguel Ángel Lopez, da Espanha, foi o 2º, com 1:20:59, e outro chinês, Yu Wei foi o 3º, com 1:21:04. A China também ficou com o 1º lugar no feminino, com Liu Hong, que fez 1:27:32.

Paralimpíada será a maior da história e tem 10% mais atletas que 2008


A 100 dias das Paraolimpíadas de Londres 2012, o Comitê Paraolímpico Internacional (IPC) anunciou que a competição será a maior já realizada, com 165 países, 19 a mais que a última edição em Pequim 2008. 

O número de atletas também cresceu em quase 10%. Serão aproximadamente 4.200 competidores. Depois de ter saltado do 14º lugar no quadro de medalhas em Atenas 2004 e nono em Pequim 2008, a meta do Brasil é alcançar o sétimo neste ano, entre os dias 29 de agosto e 9 de setembro.

“Os Jogos Paraolímpicos voltam para casa. Levaremos a Londres a equipe mais bem preparada que já tivemos”, afirmou o presidente do Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB), Andrew Parsons.
Para a cobertura da maior Paraolimpíada já realizada, o CPB preparou uma operação de comunicação e marketing especial. Já na fase de aclimatação, entre os dias 13 e 25 de agosto, em Manchester, Grã-Bretanha, uma equipe acompanhará a preparação de 15 modalidades (Atletismo, Basquete em Cadeira de Rodas, Esgrima em Cadeira de Rodas, Futebol de 7, Halterofilismo, Judô, Natação, Tênis de Mesa, Vôlei Sentado, Bocha, Ciclismo, Futebol de 5, Goalball, Remo e Tênis em Cadeira de Rodas), abastecendo a imprensa brasileira e redes sociais de notícias e imagens.
Em visitas prévias às instalações dos Jogos, o CPB fechou uma sala de imprensa exclusiva para o Brasil, com 200m² e internet com altíssima velocidade, no MPC (Main Press Centre). Com equipe formada por 25 profissionais que trabalharão exclusivamente na geração de conteúdo e imagens para o Brasil, a Operação conta ainda com carros, hotel, hotsite do Brasil nos Jogos e de fotos, grande trabalho nas redes sociais, resultados em tempo real, vídeos diários, um trabalho nunca feito em outras edições.
“Não é apenas nas quadras, campos, pistas e piscinas que somos líderes. O Brasil também é líder em sua estratégia de operação de comunicação e marketing. Nenhum outro Comitê Paraolímpico do planeta investe tanto na área como o Brasil. Tanto que somos referência mundial para palestras, cursos e consultorias para outros Comitês”, destacou o gerente de Comunicação e Marketing do Comitê Paraolímpico Brasileiro, Frederico Motta.
Em Pequim, foram quebrados 279 recordes mundiais, mais de 3,8 bilhões de pessoas acompanharam as provas pela TV e mais de 3,44 milhões de expectadores lotaram as arenas de competição. A expectativa é que os números sejam ainda maiores em Londres.
O Comitê Organizador dos Jogos divulgou recentemente o recorde na venda de Direitos de Transmissão. Foi gerada uma receita de mais de 10 milhões de libras, valor maior do que qualquer edição anterior da competição. Com isso, os Jogos de Londres terão a maior cobertura das Paraolimpíadas do planeta. A expectativa é de que a audiência ultrapasse 4 bilhões de espectadores.
Para o presidente do IPC, Sir Philip Craven, o aumento de delegações e atletas são a prova de que o Movimento Paraolímpico tem crescido no mundo inteiro.
"Os Jogos Paraolímpicos continuam a crescer em tamanho e estrutura em cada região. A Grã-Bretanha, berço espiritual do Movimento Paraolímpico, receberá a maior edição dos Jogos neste ano. É difícil acreditar que a competição precursora para os Jogos Paraolímpicos ocorreu há apenas 64 anos, no Hospital Stoke Mandeville, com 16 veteranos de guerra feridos, e hoje teremos cerca de 4.200 atletas de elite em Londres”, comemorou.
Em 12 anos, desde a primeira edição dos Jogos, a competição contou com 400 atletas de 23 países em oito modalidades, em Roma, Itália. A partir de 1960, as Paraolimpíadas passaram a acontecer a cada quatro anos, com crescimento do número de participantes e aumento do nível técnico. Desde Seul 1988 os Jogos Paraolímpicos começaram a ser realizados nas mesmas cidades e locais das Olimpíadas, uma tendência que continuará pelo menos até 2020.
Além do recorde no número de atletas e países participantes, já foram vendidos mais de um milhão de bilhetes, número sem precedentes para muitos meses antes da competição. As vendas serão reabertas nesta segunda-feira.
Estreantes
Dezesseis países irão estrear nos Jogos de Londres: Antígua e Barbuda, Brunei, Camarões, Comores, Djibuti, República Democrática do Congo, Gâmbia, Guiné-Bissau, Libéria, Malawi, Moçambique, Coréia do Norte, San Marino, Ilhas Salomão, Trinidad e Tobago e Ilhas Virgens dos Estados Unidos.

Colesterol tem influência na evolução do Alzheimer, diz pesquisa


Cientistas encontram ligação entre proteína da doença e o colesterol. Evidência abre caminho para novos tratamentos contra o Alzheimer.
Uma equipe de pesquisadores americanos descobriu que o colesterol tem papel importante na produção de uma proteína que destrói neurônios e é considerada a principal causa da doença de Alzheimer. A descoberta foi publicada nessa semana na revista “Science”.

O Alzheimer é uma das formas mais comuns de demência, que leva a alterações progressivas da memória, de julgamento e raciocínio intelectual, e costuma acometer pessoas idosas.

A equipe de pesquisadores, comandada por Charles Sanders, do Centro de Biologia Estrutural, revelou a estrutura tridimensional de uma proteína que dá origem a outra chamada beta-amiloide, encontrada em exames feitos no cérebro de vítimas da doença.
Ao mapearem sua estrutura, por meio de uma ressonância magnética com dimensão microscópica, eles perceberam que o colesterol se ligava a uma parte dela.
“Há muito tempo que se pensa que, de alguma forma, o colesterol promove a doença de Alzheimer, mas os mecanismos não eram claros”, disse Sanders.
Pesquisas anteriores já haviam sugerido que o colesterol alto aumenta o risco de Alzheimer e tal evidência foi levada em conta pelos cientistas.
Segundo Sanders, a análise microscópica da molécula, que mostrou ambas coladas uma na outra, pode responder a questão e ter um papel decisivo na evolução do tratamento da doença.
globo.com

Conheça as modalidades que estão na fila para virar Esporte Olímpico


Para chegar lá, as respectivas federações internacionais devem ser signatárias da Agência Mundial Antidoping e preencher 33 requisitos que comprovem tradição e popularidade. 

A briga por um lugar no pódio se inicia muito antes de os Jogos começarem. Muito mesmo: com as listas para 2012 e 2016 já definidas, há 8 candidatos para uma única vaga nas longínquas Olimpíadas de 2020, ainda sem sede. A decisão sai em 7 de setembro de 2013 — data em que também será anunciada a cidade-sede entre as candidatas Baku, Doha, Istambul, Madri e Tóquio. 

Ratificados em 2004 pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), os critérios serão atualizados em breve, mas, até o fechamento desta edição, os esportes-candidatos deveriam ser praticados em pelo menos 75 países em 4 continentes, no caso de modalidades masculinas, e em 40 países em 3 continentes no caso das femininas. 

Como a lista atual chegou ao limite de 28 esportes, para que um entre, outro tem de sair. Há algumas mutretas no regulamento: sob o guarda-sol dos esportes aquáticos, por exemplo, que ocupam uma vaga, há provas de natação, mergulho e polo. 

DE OLHO NAS MEDALHAS | Na rua, na água, na quadra, na pista de cimento.

1.BEISEBOL 
COMO FUNCIONA: Uma bola para arremessar, um taco para rebater e 4 bases para percorrer enquanto a bola está no ar. Com 9 atletas, as equipes se revezam entre ataque (rebatedor) e defesa (arremessador). Quem ataca marca ponto ao completar uma volta nas 4 bases. São 9 rodadas (innings), compostas de um ataque e uma defesa por equipe. 
DURAÇÃO: 2 horas e 40 minutos em média por jogo. 
JÁ PARTICIPOU? Sim, de 1992 a 2008, só no masculino. Está fora em 2012 e 2016. 

2.SOFTBOL 
COMO FUNCIONA: Tem a mesma lógica do beisebol, com quase tudo em menor escala — exceto a bola, um pouco maior, mas mais leve. O campo é menor, são 7 rodadas, e a equipe se mantém em 9 jogadores. O arremesso é feito por baixo, e não por cima do ombro. No Brasil, é praticado oficialmente por mulheres. 
DURAÇÃO: 1h e 30 minutos em média por partida. 
JÁ PARTICIPOU? Sim, de 1996 a 2008. É o único praticado só por mulheres nos Jogos. Está de fora em 2012 e 2016. 

3.SQUASH 
COMO FUNCIONA: Com raquetes e uma bolinha de borracha maciça, é jogado em quadra de 62 metros quadrados com os adversários lado a lado. Os atletas podem usar as 4 paredes para manter a bola em jogo, tocando obrigatoriamente uma vez na parede e no máximo uma vez no chão. 
DURAÇÃO: Uma partida profissional pode durar até duas horas. 
JÁ PARTICIPOU? Não, mas já disputou vaga para os jogos de 2012 e 2016. 

4.CARATÊ 
COMO FUNCIONA: São permitidos golpes com as mãos (protegidas por luvas), pernas e pés. O carateca pontua atingindo o abdômen, peito e até o rosto. Não vale chute abaixo do quadril, e os golpes não visam ao nocaute – embora aconteça. Ganha quem fizer mais pontos ou o primeiro a conquistar 8 à frente do adversário. 
DURAÇÃO: A luta dura 3 minutos, e o cronômetro para a cada ponto ou falta. 
JÁ PARTICIPOU? Não. Disputou vaga para 2016 e foi um dos mais votados. 

5.ROLLER SPORTS 
COMO FUNCIONA: Dentre as modalidades sobre rodinhas (como patins e skate), a com mais chance é a patinação de velocidade. As provas são parecidas com as de atletismo, sendo a mais curta de 300 metros. A pista pode ser de cimento ou asfalto (na rua) ou de madeira (indoor). Se entrar, pode abrir caminho para hóquei inline e patinação artística. 
DURAÇÃO: Variada. 
JÁ PARTICIPOU? Não (não confunda com os já olímpicos patinação no gelo e hóquei na grama e no gelo). 

6.ESCALADA 
COMO FUNCIONA: Na modalidade de dificuldade com corda, os escaladores cumprem a prova um de cada vez, para chegar ao topo de paredes com 30 metros por vias preestabelecidas. Na de velocidade, os atletas competem lado a lado em vias iguais. A terceira, boulder, é feita em blocos de 6 a 8 metros. Sem cordas, colchões amortecem quedas. 
DURAÇÃO: As provas de dificuldade com corda levam, em média, 4 minutos. As de boulder, 2 minutos. 
JÁ PARTICIPOU? Não. 

7. WUSHU (KUNG FU) 
COMO FUNCIONA: Tem kung fu para ver e para lutar. No taolu, os atletas executam movimentos preestabelecidos, com chutes e saltos. Há posturas básicas, como o cavalo e o arqueiro. Na luta, a sanda, os atletas usam protetores na cabeça, tórax e genitais e luvas. Valem chutes da panturrilha à cabeça. 
DURAÇÃO: Uma luta tem 3 rounds de 2 minutos. A cada queda, para o cronômetro. 
JÁ PARTICIPOU? Não, mas houve um torneio paralelo aos Jogos de 2008, na China. 

8. WAKEBOARD 
COMO FUNCIONA: Com botas presas a uma prancha, os atletas precisam impressionar os juízes com manobras aéreas. O julgamento é subjetivo, mas contam aspectos como altura dos saltos e variedade de execuções. A prancha usa a marola provocada pela lancha que a puxa para realizar as manobras. No cable park, mais moderno, o atleta é puxado por um cabo, e há rampas fixas na água. 
DURAÇÃO: A apresentação tem, em média, dois minutos. 
JÁ PARTICIPOU? Não.


QUEM JÁ ESTÁ LÁ | Beisebol e softbol saem em 2012, golfe e rúgbi entram em 2016.

RÚGBI 7
O rúgbi com 7 jogadores estreia nos Jogos. Com times de 15, o esporte esteve em 1900, 1908, 1920 e 1924. Uma espécie de “futebol com as mãos”, no rúgbi o objetivo é levar a bola para além da linha de gol do adversário. 

GOLFE 
O objetivo é avançar, com o menor número de tacadas, uma pequena e dura bola, passando por 18 buracos, chamados de seções. Será sua terceira participação — antes, foi em 1900 e 1904.

Creatina: vá com calma!

A creatina divide opiniões até mesmo entre os especialistas. Conheça os contras e os benefícios desse suplemento que promete aumentar os músculos e torná-los mais resistentes.

Se você ousar fazer uma enquete entre o público de academias sobre um composto chamado creatina, arranjará polêmica na certa. Muita gente defende que a substância, ingerida na forma de suplemento, dá mais pilha para os músculos e aumenta o muque. Os entusiastas lembram que seu uso não é considerado dopping e que craques como Zidane, da seleção francesa de futebol, já recorreram a essa espécie de, digamos, combustível. Seus detratores, porém, garantem que ela pode causar danos ao organismo.

Quem tem razão? Os especialistas ainda não têm uma resposta na ponta da língua, mas já sabem um bocado a respeito. É inegável que a suplementação de creatina torna a musculatura mais resistente. "Há evidências experimentais de que ela possibilita um melhor desempenho em atividades de força e também em esportes que necessitam de explosão muscular", confirma Sérgio Andrade Perez, professor do Laboratório de Fisiologia do Exercício da Universidade Federal de São Carlos, no interior paulista.

Por isso ela é tão popular, especialmente entre corredores, ciclistas e nadadores. Alguns médicos, no entanto, vêem os resultados com cautela. "Faltam estudos e os que existem não têm muito peso científico", opina Renata Castro, diretora científica da Sociedade de Medicina do Esporte do Rio de Janeiro (Somerj). Um dos temores é de que o tal composto comprometa o funcionamento dos rins.

Para tirar essa história a limpo, cientistas da Escola de Educação Física e Esporte da USP avaliaram praticantes de esportes que ingeriam 10 gramas de creatina em pó por dia. "Nenhum deles apresentou comprometimento da função renal", tranqüiliza o pesquisador Bruno Gualano. E veja bem: isso apesar de os voluntários terem ultrapassado de longe o limite recomendável de 3 gramas do suplemento — dosagem que, segundo boa parte dos especialistas, não oferece nenhum perigo, desde que ingerida por um período máximo de três meses.

O que explicaria, então, os rins sãos e salvos do grupo estudado pelos cientistas da USP? Eles próprios arriscam duas hipóteses: o curto tempo de ingestão e a qualidade da creatina utilizada na pesquisa. Exceção feita às farmácias de manipulação, a venda desse tipo de suplemento está proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, desde 1998. A justificativa é de que a substância não é um suplemento alimentar. Por isso — recomenda o órgão —, como um remédio, só o médico deve receitá-la.

Muita gente costuma driblar a proibição recorrendo a produtos importados ou ao mercado informal — o que, lógico, é arriscado. Nunca se garante se a creatina encontrada por aí não vem misturada com outras substâncias, sabe-se lá quais. E o leigo, claro, não consegue separar o joio do trigo quando os componentes da fórmula aparecem no rótulo. A nutricionista Nailza Maestá enfatiza a importância de procurar a orientação de um bom profissional e jamais ingerir o suplemento por conta própria.

"Não se pode fazer a prescrição com base apenas nas informações da embalagem", adverte Nailza. "O consumo indiscriminado não apenas prejudica a saúde como pode piorar o rendimento físico", avisa ainda Daniela Telo. Sem contar que os efeitos são temporários. Quer dizer, temporários em termos de ganho muscular. Já as conseqüências para os rins, essas podem até ser irreversíveis, fique bem entendido.

domingo, 15 de janeiro de 2012

Consumo de proteínas deve ser avaliado ao lado do IMC e do peso

Baixo consumo protéico na dieta altamente calórica reduz volume de massa magra geral do corpo – mesmo que a gordura esteja aumentando

Quando se trata de emagrecer, a quantidade de proteínas consumida pode ser quase tão importante quanto a quantidade de calorias. Um estudo publicado no Journal of The American Medical Association (JAMA), nesta quarta-feira, fez o teste com pessoas que ingerem mais calorias do que queimam, ou seja, estão engordando. Todos na pesquisa aumentaram de peso, mas quem ingeriu poucas proteínas (presentes em alimentos como carne, ovos e alguns legumes, como o feijão), teve um problema a mais: ganhou gordura corporal e perdeu massa muscular. A pesquisa serve de alerta para os médicos que tratam pacientes com sobrepeso ou obesos: não adianta medir apenas o peso e o IMC (Índice de Massa Corporal) é preciso levar em contas outros fatores, como a gordura total (verificável por meio de exames de sangue).

Ao fim da pesquisa, todos os voluntários ganharam peso, sem diferença entre homens e mulheres. Os participantes na dieta com baixa proteína foram os que engordaram menos – uma média de 3,16 kg, frente a 6,05 kg do grupo que consumiu quantidade normal de proteína e 6,51 kg no grupo de alto consumo proteico. Por que isso aconteceu? Quem ingere mais proteína aumenta principalmente a massa corporal magra (músculo), que pesa mais que a gordura.

A gordura corporal aumentou nos três grupos, representando entre 50% e mais de 90% do total de calorias estocadas. O grupo que teve baixo consumo proteico perdeu 0,70 kg de massa magra, em média, enquanto o de consumo normal ganhou 2,87 kg e o de alto consumo protéico ganhou 3,198 kg de massa magra.

"Em resumo, o ganho de peso na dieta de baixa proteína foi menor do que nas demais, com a mesma quantia de calorias. As calorias sozinhas contribuíram para o aumento da gordura corporal. Por outro lado, as proteínas contribuíram para mudanças no gasto energético e na massa magra, mas não no aumento da gordura corporal."

Segundo os pesquisadores, a principal descoberta do estudo é que, quando se olha para o que contribui no aumento da gordura corporal em dietas altamente calóricas, as calorias aparentam ser mais importantes do que as proteínas. Os resultados sugerem ainda que uma alimentação com baixas proteínas pode levar a um menor ganho de peso, mas aumenta a gordura corporal e reduz a massa magra, o que é prejudicial à saúde.

A Pesquisa


Título original: Effect of Dietary Protein Content on Weight Gain, Energy Expenditure, and Body Composition During Overeating

Onde foi divulgada: periódico médico Journal of The American Medical Association (JAMA)

Quem fez: George A. Bray e equipe

Instituição: Centro de Pesquisa Biomédica Pennington, nos Estados Unidos

Dados de amostragem: 25 voluntários, homens e mulheres saudáveis, com idade entre 18 e 35 anos e IMC de 19 a 30

Resultado: O consumo da mesma quantidade em excesso de calorias, com percentuais diferentes de proteínas, leva a resultados diferentes. Quem come pouca proteína ganha menos peso, a princípio, mas perde massa muscular, prejudicial à saúde e à manutenção do peso.

Para a pesquisa, foram recrutados 25 voluntários, homens e mulheres saudáveis, com idade entre 18 e 35 anos e IMC de 19 a 30 (normal a quase obesos). No início, eles ingeriram uma 'dieta estabilizadora' por 13 a 25 dias. Em seguida, foram realocados aleatoriamente para três dietas distintas: com baixa proteína (5% da energia vinha de proteínas), consumo normal de proteínas (15% da energia) e altamente proteica (25% da energia). 

Referência em pole dance, brasileira diferencia esporte de striptease


Pole dance 'muda' par ser aceita como esporte. Atletas passaram a se dividir entre apresentações acrobáticas, artísticas e até nas ruas.


 Campeã sul-americana e brasileira de pole dance em 2009, Rafaela Montanaro é ressabiada ao conceder uma entrevista. "Só para ter certeza: estamos falando de pole dance como esporte, certo? E não de striptease...", a atleta escreve, em um e-mail, antes de atender seu telefone e demonstrar disposição para atacar os preconceitos em relação a sua modalidade esportiva.

A preocupação de Rafaela não é sem motivo. Prática comum em casas de entretenimento adulto, o pole dance sensual também ganhou fama em filmes como "Striptease", protagonizado por Demi Moore, e em novelas brasileiras. Entre 2007 e 2008, a atriz Flávia Alessandra interpretou em "Duas Caras" uma personagem que vestia tapa-sexo de couro enquanto dançava ao redor de uma barra vertical.

Na última década, contudo, o pole dance se desenvolveu como esporte - as atletas passaram a se dividir entre apresentações acrobáticas, artísticas e até nas ruas, penduradas em postes, no caso do chamado "street pole dance". Diversas federações promovem campeonatos sérios pelo mundo. Para competir, Rafaela Montanaro treina cinco horas por dia, cinco vezes por semana, e exibe um corpo musculoso.

"O pessoal fala muito que o pole dance pode se tornar um esporte olímpico. Para mim, não precisava estar nas Olimpíadas, desde que fosse respeitado. O surfe não faz parte dos Jogos, e ninguém chama uma surfista de stripper só porque ela pega onda de biquíni", comparou a pole dancer, que ainda é vítima da confusão do público. Ela já recebeu até um convite virtual para dançar em uma despedida de solteiro - recusado de imediato.

A própria família de Rafaela mostrou resistência quando ela iniciou carreira como pole dancer. Sobrinha do ex-jogador de vôlei José Montanaro Júnior, medalhista de prata nas Olimpíadas de Los Angeles-1984, a atleta é filha de dois professores de Educação Física e já se dedicava a atividades esportivas muito antes de enfrentar a aversão deles à nova profissão. "Comecei na ginástica olímpica aos três anos. Também fiz balé, jazz, kung fu, salto com vara... Acho que é só", recordou, aos risos.




Aos 17 anos, Rafaela foi aprovada em uma série de testes e em "uma prova pior do que a da USP" para poder estudar circo na Écola Nationale des Arts du Cirque, em Rosny-sous-Bois, na França. Após vivenciar a experiência de morar sozinha em outro país, retornou ao Brasil e ingressou na Faculdade de Educação Física. Um vídeo publicado na internet, com imagens da pole dancer australiana Felix Cane (bicampeã mundial), fez com que ela não seguisse a mesma atividade dos pais.

"Depois de assistir a esse vídeo, em 2008, decidi que queria fazer pole dance. O esporte ainda não era tão difundido no Brasil, então demorei a arrumar uma professora. Encontrei uma, a Sarita, por indicação de um amigo do meu namorado", lembrou Rafaela, que logo convenceu a mãe da seriedade de sua empreitada. "Ela ficou louca da vida, achando que era coisa de stripper. Mas o melhor jeito de acabar com o preconceito é mostrar do que se trata o pole dance. Levei a minha mãe para ver uma aula, e ela percebeu que não tinha nada de mais."

Rafaela Montanaro ganhou projeção como pole dancer rapidamente. Meses depois de começar a praticar, conquistou os campeonatos brasileiro e sul-americano. Também se destacou nas maiores competições mundiais, o Miss Pole Dance World e o International Pole Championship, com o prêmio "pole tricks" e o terceiro lugar geral no primeiro e o título da categoria "pole fitness" no segundo. "Por tudo isso, é até complicado para mim falar sobre o preconceito. Como apareci logo no esporte, devo ser a única pole dancer do mundo que não sofreu com isso."

Referência brasileira na modalidade, Rafaela passou a dar aulas particulares de pole dance e workshops até em outros países, como Austrália, Nova Zelândia e Estados Unidos. "Como as alunas veem os meus vídeos, elas já chegam querendo praticar o pole dance como um esporte. Ninguém aparece com a intenção de aprender alguma coisa diferente para mostrar ao namorado, por exemplo", garantiu a professora, que está inativa por conta de uma lesão, porém continua a cativar as suas clientes. "Elas começam a praticar pole dance e não param mais. Foi assim com todas as alunas. Lembro de uma menina que chegou bem gordinha, entrou em forma e já foi competir nas categorias amadoras", mencionou, orgulhosa.

A poucos dias de seu 27º aniversário, Rafaela Montanaro sabe que o próximo passo na carreira é se engajar um pouco mais na política do esporte. "Até que o pole dance está mais organizado no Brasil. O ruim é que metade do pessoal que diz querer ver a atividade como esporte nunca praticou um esporte na vida. Eles não têm noção de algumas coisas. Por isso, acho que não tenho tanta escolha: vou precisar me envolver. Só não gosto de brigar, e a galera briga bastante nesse meio. É muita mulher, muito ego", lamentou.

Rafaela Montanaro já foi jurada em alguns torneios de pole dance e é ferrenha defensora da implantação de um código de arbitragem para todas as competições. Dessa forma, a exemplo da ginástica artística, seriam estabelecidos critérios para que as atletas recebessem notas para as suas apresentações de acordo com movimentos obrigatórios, livres, mais difíceis ou menos. "Sem se esquecer de reservar uma parte da avaliação à expressão artística de cada uma, que é importante", acrescentou a atleta, satisfeita com a evolução de seu esporte. "Olimpíadas? Possível sempre é. Só não sabemos quando", sorriu.

Em meio aos Jogos Pan-americanos de Guadalajara, um empresário mexicano já abriu os olhos para o futuro do pole dance. Ele decidiu criar o seu próprio campeonato da modalidade. O local do evento, no entanto, certamente é reprovado por Rafaela e outras atletas: uma casa de entretenimento masculino.



Por Helder Júnior (Gazeta)

Pouca atividade física e muita televisão aumentam risco de depressão em mulheres

Estudo revelou que as mais sedentárias podem ter 20% mais chances de enfrentar quadros depressivos.


Mulheres que se exercitam mais e assistem menos televisão são aquelas com menor riscos de serem diagnosticadas com depressão. É isso que diz um estudo feito por pesquisadores da Escola de Saúde Pública de Harvard, nos Estados Unidos, e publicado no American Journal of Epidemiology.


A pesquisa aplicou um questionário a quase 50 mil mulheres, com perguntas sobre saúde e estilo de vida, as quais elas responderam a cada dois anos no período entre 1992 e 2006. No início do estudo, nenhuma dessas mulheres apresentava depressão. Após esses 14 anos, 6.500 voluntárias haviam sido diagnosticadas com o problema.

Resultados — O estudo observou que o fator mais impactante relacionado aos quadros depressivos foi a prática de atividade física. As mulheres que revelaram se exercitar durante 90 minutos ou mais por dia tinham 20% menos chances de desenvolver depressão do que aquelas que se exercitavam por 10 minutos ou menos diariamente.

"Atividade física praticada por mais tempo pode aumentar a autoestima, o senso de controle e os níveis de endorfina no sangue da mulher", explica Michel Lucas, coordenador do estudo.

Assistir televisão foi identificado como hábito relacionado à depressão. Segundo a pesquisa, as mulheres que passavam mais tempo em frente ao aparelho apresentaram 13% mais riscos de ter depressão do que aquelas que raramente ligavam a TV. Segundo Lucas, uma possível explicação para essas duas relações está no fato de que muitas mulheres substituem o tempo em que poderiam praticar alguma atividade física por ficar em frente à televisão.

Embora o estudo tenha colocado a depressão como consequência de não praticar atividade física, os pesquisadores também consideram a hipótese de que, em certos casos, a mulher possa ter experimentado alguns sintomas da depressão antes de ser diagnosticada formalmente com o problema. Assim, deixou de se exercitar após ser acometida pelo problema, e não antes.

Saúde e televisão

Vários estudos já apontaram para os prejuízos que o hábito de assistir muita TV pode causar. Conheça alguns:

Piora na alimentação - Um estudo feito na Universidade de Loughborough, do Reino Unido, concluiu que quanto mais tempo uma pessoa passa em frente à televisão, pior é a qualidade daquilo que come. Assistir TV está associado com o consumo de lanches, bebidas e fast foods com maior quantidade de calorias e baixa ingestão de frutas e legumes.

Menor aprendizagem - Segundo recomendações lançadas neste ano pela Academia Americana de Pediatria (APP), as crianças aprendem e desenvolvem mais o cérebro brincando do que assistindo TV. Um estudo feito pela Universidade de Montreal, no Canadá, indicou que, a cada hora que uma criança passa em frente à televisão, há uma declínio de 6% em seu desempenho matemático e 7% de sua participação em sala de aula.

Hipertensão - Uma pesquisa publicada no periódico Archives of Pediatrics & Adolescent relacionou tempo demais em frente à televisão e ao computador com o aumento da pressão sanguínea das crianças. Problemas psicológicos — Hiperatividade, dificuldades nos relacionamentos sociais e problemas emocionais foram alguns dos problemas observados por estudo publicado no periódico Pediatrics em crianças que passavam duas ou mais horas em frente à TV ou ao computador ao dia.

Doença de coração: benefícios de longo prazo das estatinas

As estatinas trabalham no bloqueio de uma enzima do fígado que transforma moléculas gordurosas que entopem as paredes arteriais e aumentam o perigo de doenças do coração e infartos. Ou seja: São fármacos que previnem a aterosclerose e ajuda no tratamento do hipercolesterolemia.

As estatinas reduzem com segurança o risco de doenças cardiovasculares mesmo anos após o fim do tratamento, de acordo com uma pesquisa sobre um popular redutor de colesterol.

As estatinas trabalham no bloqueio de uma enzima do fígado que transforma moléculas gordurosas que entopem as paredes arteriais e aumentam o perigo de doenças do coração e infartos. 

Com as vendas anuais em todo o mundo de mais de 20 bilhões de dólares, esses medicamentos têm sido chamados de "a aspirina do século 21" por causa do benefício deles e do amplo uso. Mas questões sobre a segurança deles a longo prazo para o coração, o fígado e o risco de câncer persistiam. 

Pesquisadores do Grupo Colaborativo de Estudos sobre a Proteção do Coração em Oxford observaram 20.536 pacientes com risco de doenças cardiovasculares que receberam, ao acaso, 40mg diários de sinvastatinas ou um similar falso por mais de cinco anos. Durante este período, aqueles que tomaram as estatinas registraram uma redução no colesterol "ruim" LDL e uma queda de 23% em casos de doença cardiovascular comparados com o grupo do placebo. O monitoramento dos voluntários continuou por mais um período de seis anos depois de a experiência acabar. Os benefícios continuaram durante o período de monitoramento entre os voluntários que pararam de tomar as estatinas, descobriram os pesquisadores. Além disso, não houve dano algum para a saúde entre aqueles que tomaram ou que continuaram a tomar os medicamentos. Um grande número de cânceres (cerca de 3500) se desenvolveu neste período de acompanhamento, mas não houve diferença na incidência entre os grupos da estatina e do placebo. 

"A persistência dos benefícios que observamos entre os participantes que originalmente receberam sinvastatina, durante os seis anos seguintes ao período da experiência, é notável", disse um dos pesquisadores, Richard Bulbulia. 

"Além disso, a prova confiável de segurança, sem risco excessivo de câncer ou de outras grandes doenças, durante os 11 anos seguintes é muito tranquilizadora para os médicos que prescrevem estatinas e para um número cada vez maior de pacientes que as tomam por um longo período para reduzir o risco de doenças vasculares".

Uma pesquisa anterior, de novembro de 2010, descobriu que o uso prolongado de estatinas era menos arriscado do que se pensava para as pessoas com doenças hepáticas gordurosas não-alcoólicas (DHGNA), uma doença de fígado comum.

Corrida leve cansa menos do que caminhar

Pois bem, a corrida ajuda o músculo a produzir mais energia, que pode levar ao aumento do nível de estamina (resistência).

Quando não temos o hábito de praticar alguma atividade física, pensamos em começar por onde? Caminhando!!

Pois bem, essa atividade é algo relativamente tranquilo, a pessoa pode começar a andar rápido, para ver se queima mais calorias. Mas um estudo recente mostrou que na verdade fazer um cooper (corrida) leve é menos cansativo - e melhor para os músculos - do que andar depressa. Os dados são do site Daily Mail.


O motivo principal é que existe um músculo da panturrilha que funciona melhor quando se corre a 2 metros por segundo do que ao andar de forma mais brusca. Esse movimento ajudaria o músculo a produzir mais energia, o que aumentaria o nível de estamina. 

Os pesquisadores americanos estudaram pessoas em esteiras enquanto andavam ou corriam. Eles concluíram que esse músculo funciona como um câmbio de carro, ajudando o corpo a mudar de "marcha". Ele "segura" o tendão de Aquiles, fazendo com que o corpo gaste energia para esticá-lo. O tendão, por sua vez, libera energia para ajudar no movimento do pé. 

O que foi observado é que a ação de andar faz o tendão trabalhar mais, mas libera menos energia. A corrida leve alivia o trabalho do tendão, que se estica e contrai mais lentamente, mas libera mais energia.


Fonte: Daily Mail.